O Governo do Ceará deu um passo importante para recuperar uma das grandes tradições da agricultura local: o cultivo do algodão. Nesta sexta-feira (5), o governador Elmano de Freitas sancionou a lei que cria o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura, aprovado pela Assembleia Legislativa (Alece). A iniciativa pretende dar força a uma produção que, até os anos 1980, foi chamada de “ouro branco” e movimentava boa parte da economia cearense.
Para o governador, o projeto é essencial para gerar oportunidades e fortalecer o campo. “Estamos criando um programa que garante sementes de qualidade e apoio aos agricultores. É uma forma de impulsionar o cultivo, gerar emprego e renda, além de promover o desenvolvimento sustentável no Ceará”, afirmou Elmano.
O programa será conduzido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e vai oferecer sementes adquiridas pelo próprio Estado a agricultores previamente cadastrados. Mas não para por aí: em parceria com a Ematerce, também haverá acompanhamento técnico, orientando os produtores em cada etapa da lavoura.
As ações incluem incentivo à cadeia produtiva, atração de investimentos, abertura de mercados e criação de parcerias para quem participa. A ideia é não apenas fornecer sementes, mas criar um ambiente favorável para que o algodão volte a ser referência na agricultura cearense.
O movimento busca resgatar uma vocação que já fez do Ceará o maior produtor de algodão do Nordeste. O declínio começou com a chegada do bicudo-do-algodoeiro, praga que devastou plantações em todo o Brasil nos anos 1980. Agora, com o país ocupando o topo do ranking mundial de exportação, ultrapassando os Estados Unidos em 2024, o Ceará entra de vez nessa retomada e quer recuperar seu espaço.

